quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Bye Bye 2009, Welcome 2010


2009 foi um ano positivo para mim, com surpresas, muitas mudanças, ponto altos e baixos como todos. Nasceu a minha primeira sobrinha, casa nova, novos sonhos, o mesmo [GRANDE] amor, mais maduro, mais feliz, mais tranquilo, mais simples, e, menos, menos complicado, menos confuso, menos inseguro, e mais, mais confiante, mais feliz, mais puro.

Descoberta do ano 2009: Sim, é possível ser feliz. Temos é que deixar de nos preocupar tanto com isso e viver [a felicidade].




Por isso digo ADEUS a 2009 e OLÁ a 2010.
Espero que tenham um ano cheio de brilho.Até p’ró anoooooooooo!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Leila




Os telhados costumam congelar em Dezembro as lágrimas dos meses de Setembro e Outubro; e da tristeza fazem-se esculturas e obras de arte para os turistas fotografarem.
Leila congelava momentos em fotos e reproduzia emoções num trabalho a full-time com muitas horas extraordinárias.

Uma chávena de café, por favor.
E click fotografou a frase no olhar do empregado de mesa que lhe dizia "sim, eu sei, um café preto e puro, como poucos homens há". Todos os dias lhe servia o (mesmo) café e todos os dias se lembrava dessa (mesma) frase e da forma com que, serpenteando dos seus lábios, o atingiu desde o dia que a conheceu.

– Vai querer levar outro café?
Leila trabalhava exaustivamente, muitas vezes mais do que 24 horas sem parar e 99% das vezes levava [outro] café. Entre o estúdio, o escritório, as ruas, o Cais do Sodré e as redes dos pescadores de Sintra derretia-se congelando momentos [dos outros].
Para si, tinha mais vida e propósito a objectiva da sua máquina fotográfica do que ela.

– Vai querer levar outro café? – perguntou de novo o empregado.
Ela tragou[o] café e disse-lhe que "não, obrigada". Ele insistiu que talvez se arrependesse, tal como noutras madrugadas leu no seu olhar semi-escondido por trás da máquina fotográfica com a qual se protegia.
E no segundo seguinte arrependeu-se [ele] quando a viu queimar a [sua] ternura com um novo serpentear letal.
– O café [hoje] está queimado. E há já alguns dias que não me tem sabido bem... Acho que terei que procurar outro. É tão difícil encontrar um bom café.

Leila fotografou as lágrimas congeladas dos grãos-olhos dele e pensou que os homens são como o café, na maioria dos sítios servem-se queimados. E é preciso ser muito perspicaz ou ter uma sorte dos diabos para se encontrar uma boa cafetaria onde sirvam um bom homem. E que mais sorte ainda precisaria para conseguir um Dezembro em que se consiga plantar grãos de café em corações (enre)gelados.



Leila em Árabe, significa negra como a noite. independente e determinada, trabalha ardentemente para conseguir o que deseja. Por isso, sabe dar valor ao que possui e não tolera desperdícios. Tende a ser feliz na maturidade, depois de muitas paixões...
Ver também nesta Sequência de Contos, Edna e Margaret