quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Bye Bye 2009, Welcome 2010


2009 foi um ano positivo para mim, com surpresas, muitas mudanças, ponto altos e baixos como todos. Nasceu a minha primeira sobrinha, casa nova, novos sonhos, o mesmo [GRANDE] amor, mais maduro, mais feliz, mais tranquilo, mais simples, e, menos, menos complicado, menos confuso, menos inseguro, e mais, mais confiante, mais feliz, mais puro.

Descoberta do ano 2009: Sim, é possível ser feliz. Temos é que deixar de nos preocupar tanto com isso e viver [a felicidade].




Por isso digo ADEUS a 2009 e OLÁ a 2010.
Espero que tenham um ano cheio de brilho.Até p’ró anoooooooooo!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Leila




Os telhados costumam congelar em Dezembro as lágrimas dos meses de Setembro e Outubro; e da tristeza fazem-se esculturas e obras de arte para os turistas fotografarem.
Leila congelava momentos em fotos e reproduzia emoções num trabalho a full-time com muitas horas extraordinárias.

Uma chávena de café, por favor.
E click fotografou a frase no olhar do empregado de mesa que lhe dizia "sim, eu sei, um café preto e puro, como poucos homens há". Todos os dias lhe servia o (mesmo) café e todos os dias se lembrava dessa (mesma) frase e da forma com que, serpenteando dos seus lábios, o atingiu desde o dia que a conheceu.

– Vai querer levar outro café?
Leila trabalhava exaustivamente, muitas vezes mais do que 24 horas sem parar e 99% das vezes levava [outro] café. Entre o estúdio, o escritório, as ruas, o Cais do Sodré e as redes dos pescadores de Sintra derretia-se congelando momentos [dos outros].
Para si, tinha mais vida e propósito a objectiva da sua máquina fotográfica do que ela.

– Vai querer levar outro café? – perguntou de novo o empregado.
Ela tragou[o] café e disse-lhe que "não, obrigada". Ele insistiu que talvez se arrependesse, tal como noutras madrugadas leu no seu olhar semi-escondido por trás da máquina fotográfica com a qual se protegia.
E no segundo seguinte arrependeu-se [ele] quando a viu queimar a [sua] ternura com um novo serpentear letal.
– O café [hoje] está queimado. E há já alguns dias que não me tem sabido bem... Acho que terei que procurar outro. É tão difícil encontrar um bom café.

Leila fotografou as lágrimas congeladas dos grãos-olhos dele e pensou que os homens são como o café, na maioria dos sítios servem-se queimados. E é preciso ser muito perspicaz ou ter uma sorte dos diabos para se encontrar uma boa cafetaria onde sirvam um bom homem. E que mais sorte ainda precisaria para conseguir um Dezembro em que se consiga plantar grãos de café em corações (enre)gelados.



Leila em Árabe, significa negra como a noite. independente e determinada, trabalha ardentemente para conseguir o que deseja. Por isso, sabe dar valor ao que possui e não tolera desperdícios. Tende a ser feliz na maturidade, depois de muitas paixões...
Ver também nesta Sequência de Contos, Edna e Margaret

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Cá estamos nós outra vez


Viagens atribuladas, encontros furtivos, palavras magoadas, sorrisos roubados, emoção, medo, sofrimento, alegria, amor, encontros e reencontros. Perdemos alguns aviões, encontramo-nos noutros aeroportos e viagens (algumas vezes sem contarmos). Esquecemo-nos de quem éramos, de com quem estávamos e encontrámo-nos, encontrávamo-nos. E um dia deixámos para trás a bagagem do passado, ele abraçou-me, recolheu-me pela mão, deu-me um beijo "a cinquenta e tal graus".


Mais uma etapa nas nossas vidas, new keys, new home;)
Quem já nos conhecia e acompanhou o início desta história de amor creio que nunca diria... mas, cá estamos nós outra vez;)



Olá
sempre apanhaste o tal comboio
eu já perdi dois ou três
entre o ócio e as esquinas
ganhei o vício da estrada
nesta outra encruzilhada.
Talvez agora a coisa dê
o passado foi à história
cá estamos nós outra vez.

Conheço a tua cara
mas não sei o teu nome
escrevo já aqui
não sei o quê arroba ponto com
eu vou-te reencontrar
noutro bar de estação
ou talvez quando perder mais um avião.

O barco vai de saída
tu estás tão bronzeada
é tão bom ver-te assim
ardendo, tão queimada.
Eu quero reencontrar-te
noutra esquina qualquer
sem saber o teu nome
se ainda és mulher
quero reconhecer-te
e beber um café
dizer-te de onde venho
e perguntar-te porquê
sorrir-te cá do fundo
e subir os degraus
eu quero dar-te um beijo
a cinquenta e tal graus
eu quero dar-te um beijo
a cinquenta e tal graus.

Sempre apanhaste o tal comboio
eu já perdi dois ou três
entre o ócio e as esquinas
ganhei o vício da estrada
nesta outra encruzilhada
talvez agora a coisa dê
o passado foi à história
cá estamos nós outra vez
cá estamos nós outra vez...

Jorge Palma – Olá

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Edna


Edna, Edna, Edna, Edna, Edna. Já não suporto sequer ler o nome dela. Parecem cópias ininterruptas de Edna’s que vieram para me estilhaçar, para espezinhar os pedaços de cristais frágeis dos quais sou composta. E esfregar-me bem na cara o seu diploma de mestrado (enrolado num tubo de ouro reluzente) em superioridade, de mulher elitista superior a qualquer outra raça. Expõe-me a um espelho partido reflectido nos seus olhos, à sujidade que represento, as páginas em branco que eu não posso preencher, e, o vazio, a solidão com que me(o) prendou.

Queria arrancar com um garfo afiado a parte do meu coração doente e dar-lho para que ela se pudesse alimentar do último pedaço teu. Oferecer-lho numa bandeja, como ela quase fez comigo, depois de ter usado e sugado tudo, o que ainda importava, depois de ter descaradamente levado com ela um saco a transbordar dos únicos sentimentos que alguma vez ousaras dar-te ao luxo de desfrutar.

Quero libertar-me dela, mas agarra-se a mim como um carrapato, aquela imagem da cara dela, da mulher perfeita – perfeitamente perversa – e que fica ali congelada e perfeita para
sempre, s e m p r e, s e m p r e...
Tentei expulsá-la, rejeitá-la, ignorá-la, mas ela faz parte de nós. Não a quero comigo, connosco. Asfixia-me a vertigem em que entrei desde que aceitei este amor, e, até ela ~vertigem ~ carrega o seu nome, Edna.
Do teu, do meu só restam pedaços rotos, pisados, magoados. Tentativas de restauros com fita-cola do Lidl e psicologia barata fornecida com a cortesia do terapeuta surdo-mudo enviado pelo Centro de Apoio aos Doentes de alto Risco de Desespero e Agonia Total, nada tem surtido qualquer efeito.

E a aorta que liga o coração à felicidade foi secando, foi ficando enrugada, cansada e triste, foram secando os órgãos, mirraram os pulmões, quase não conseguem fornecer ar ao amor para ele conseguir respirar.
Queria poder gritar Edna, Edna, Edna, rasgar o seu nome do meu peito até ela deixar de existir. Mas não tenho forças, não tenho fôlego, e o alerta vermelho PERIGO, PERIGO, PERIGO DE MORTE é inútil, já rebentaram as baterias extra, já foram gastas há muito tempo.
Já quase me afoguei, mas rejeitei a atitude suicida de me deixar afundar em lágrimas, num último suspiro de desespero.

A tua imagem deixou de parecer real e tornas-te (uma vez mais) num sonho, numa ilusão, uma pincelada com os tons da perfeita perdição. A minha voz abandonou-me, também, e ficou apenas uma sombra dela e de mim no ar, misturada com o teu perfume.
A paisagem escurece, de repente e um lobo uiva.
Consegui soltar um último suspiro – BASTA! – antes de congelar de olhos siderados na imagem dum benjamim branco que insistia em depositar-me um lilás ao colo.
Ouviu-se o eco perpetuar esse meu último grito, BASTA!
Não aguentei viver-te, morri[te].
Ver também nesta Sequência de Contos, Margaret e Leila

Pic by territoire intime

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Certo dia 1 + 1 = 1 + 1 + 2 + ...




Quis escrevê-lo na sua pele, mas ele já estava misturado nas suas impressões digitais desde aquele primeiro toque suave dos seus dedos nas costas reveladas, dela, naquela tarde de Outono no Meco, em 2005.
Há em si uma lembrança de como tremia de nervosismo, não só desde que o viu sentado naquela mesa dum café em Campo de Ourique, onde a esperava com um ar descontraído tentando camuflar a sua ansiedade, mas desde que soube que seria inevitável encontrá-lo. E que, inevitável seria, amá-lo. Teve a uns passos dele um impulso que quase a levou a desistir, sabia que não seria um amor "fácil" e não se sabia preparada para o enfrentar.
Nervosamente tropeçou num beijo torpe na sua face e num abraço demorado que lhe dizia que ele também, há muito, a esperava.

Queria saber se ele se tinha apaixonado pela imagem que ela lhe oferecia através dos seus olhos ou se pelas imperfeições que lhe foi colocando no colo com o passar dos anos. Mas no amor existem tendencialmente mais perguntas do que respostas se colocarmos tudo numa balança ou diagrama. E essa resposta não a obteria facilmente se além da imagem que ele lhe devolvia pelas retinas em órbita ela não soubesse interpretar todas as outras manifestações não verbais.

O amor não é matemático. Não se pode dizer que 1 + 1 = 2. No máximo poder-se-á dizer que 1 + 1 = 1 + 1 + 2, mais do que um mais um é igual a dois em um...
O amor também não se pode definir como uma subtracção, pois se tentarmos subtrair um a dois só ficaria um e ao ficar apenas um o outro um seria automaticamente eliminado, até certo dia se notar que fazia falta esse mais um para chegar a dois e que já não existiria esse 1 + 1 = 1 + 1 + 2 para "chamar de" amor.
No amor a única conclusão matemática a que chego é que tudo deve ser feito de adições. Adições sob adições e não subtracções, pois se lhes quisermos subtrair algo é porque, à partida, não gostávamos exactamente desse um como era. E se assim for em vez de 1 + 1 = 1 + 1 + 2... quer-se 1 + 1 = 2 = 2 - 1 + 1 = 2...

Desde aquele rasgar do primeiro sorriso que sabia que não seria "fácil", desde que o conheceu sabia que o ia amar, que ia amar aquele um.
E agora eles são 1 + 1 = 1 + 1 + 2 + as [im]perfeições dela + as [im]perfeições dele + as [im]perfeições deles juntos que resultaram numa [des]harmonia sublime [im]perfeita.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Am I Blue?

"It was a morning, long before dawn
Without a warning i found he was gone...
How could he do it?
Why should he do it?
He never done it before.

Am i blue?
Am i blue?
Ain't these tears, in my eyes, telling you...?
Am i blue
If each plan
With your man
Don't fell through?

There was a time
I was his only one
But now i'm
The sad and lonely one... lonely.

Was I gay
Until today?
Now he's gone, and we're through
Am I blue?"


[Billie Holiday]

I'm certainly not blue since i became into you;)

sábado, 8 de agosto de 2009

when he's nOt here


A cama, o quarto, estas paredes parecem vazias sem ele. O ar parece ter engolido o oxigénio, os sons parecem uivar num eco chamado ao vazio. E até o dia teima em ser noite.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Hoje nasceu a Íris


Quase 30 anos depois nasceu mais uma leoa na família da nOgS. A primeira flor da nova geração.

Íris nasceu hoje com 3,250 kg. E eu estou tão feliz que até choro feita parva!
Devo ser a tia mais tola e babada do mundo...

terça-feira, 14 de julho de 2009

pUre dancing


Danço descalça no entardecer dos teus olhos agarrada a um ramo de rosas puras, que trago junto de um peito embriagado pelo perfume dos teus gestos.



(néctardesentimentos)

terça-feira, 23 de junho de 2009

Pôr-do-sol


Há entardeceres em que o ar é tão doce e frágil que podemos caminhar descalços sobre brasas...


... e momentos de uma felicidade tão simples, natural e plena que poderia ficar ali para sempre. Repetindo, repetindo, repetindo a felicidade e sorrisos.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O pássaro e eu



O que fará um pássaro, que voa no céu, pensar que vive acorrentado ou preso numa gaiola?
Será o receio de saber viver sem a necessidade de precisar de controlar a esquina de cada nuvem? Ou o eterno receio do medo da Primavera, das flores, dos amores?
Ele era mais meu quando não era. Quando, talvez sem saber me oferecia flores e beijos e me abraçava com aquela ânsia de me ter para e com ele. E não tinha medo, ou pelo menos não tinha tanto medo de se entregar. Nem de ficar infinitas horas, horas sem relógio de asas abraçando-me e de peito aberto colado ao meu.

Eu nunca o quis sufocar, só queria um pouco mais de tempo para lhe acariciar as penas e poder sentir o seu perfume no meu colo. Não lhe pedi que ficasse se preferisse voar ou ir embora. Mas ele ficou.
Ele ficou. Tinha as asas feridas e todo um mundo de sentimentos por curar. E ficou. Não sei se por isso ou pela certeza do amor que sabia que eu sentia por ele. Ficou. Amou-me?... acho que me amou enquanto tentava cicatrizar as feridas para as quais eu não tinha, não tenho cura. Ou não me amou?...

Disse-me que certamente terá receio de que lhe acorrente o coração e o feche, assim fragilizado numa gaiola, para o ouvir cantar só para mim.
Eu tentei sorrir-lhe, entre lágrimas, acariciei-lhe uma das asas feridas e disse-lhe ao ouvido:
– Querido, há já muito tempo que deixaste de cantar.
E são essas feridas nas asas, não eu, que te impedem de voar....

domingo, 7 de junho de 2009

Skinny Love

Come on skinny love just last the year
Pour a little salt we were never here
My, my, my, my, my, my, my, my
Staring at the sink of blood and crushed veneer

I tell my love to wreck it all
Cut out all the ropes and let me fall
My, my, my, my, my, my, my, my
Right in the moment this order's tall

I told you to be patient
I told you to be fine
I told you to be balanced
I told you to be kind
In the morning I'll be with you
But it will be a different "kind"
I'll be holding all the tickets
And you'll be owning all the fines

Come on skinny love what happened here
Suckle on the hope in lite brassiere
My, my, my, my, my, my, my, my
Sullen load is full; so slow on the split

I told you to be patient
I told you to be fine
I told you to be balanced
I told you to be kind
Now all your love is wasted?
Then who the hell was I?
Now I'm breaking at the britches
And at the end of all your lines

Who will love you?
Who will fight?
Who will fall far behind?



[Bon Iver]

quarta-feira, 20 de maio de 2009

the sUn


He’s the sun that puts me hot and makes me undress myself. He’s the One that illuminate and touch every part of my body with pleasure.



Here comes the sun, here comes the sun, and I say it's all right Little darling, it's been a long cold lonely winter Little darling, it feels like years since it's been here Here comes the sun, here comes the sun and I say it's all right Little darling, the smiles returning to the faces Little darling, it seems like years since it's been here Here comes the sun, here comes the sun and I say it's all right Sun, sun, sun, here it comes... Sun, sun, sun, here it comes... Sun, sun, sun, here it comes... Sun, sun, sun, here it comes... Sun, sun, sun, here it comes... Little darling, I feel that ice is slowly melting Little darling, it seems like years since it's been clear Here comes the sun, here comes the sun, and I say it's all right It's all right

[The Beatles - Here comes the sun]

domingo, 17 de maio de 2009

[re]Aprender

Foram passando dias, meses, anos e eu tendia a carregar apenas como bagagem as coisas más. Fui-me esquecendo de aproveitar os pequenos mas grandes momentos de felicidade e, com isso, esquecendo-me de viver...

 

O passado não se pode mudar, posso apenas [re]aprender a viver e a ser feliz. 


segunda-feira, 11 de maio de 2009

redOnda


Sou redonda. Como um fruto redondo.

Mas, digam o que disserem, passem os anos que passem, serei sempre uma romântica incurável.
Independentemente do facto de ser fruto desde o nascimento até à morte.
Fui semeada, fui crescendo em forma de semente, depois rebento, flor, fruto pequenino e frágil, fruto maduro e firme, fruto sensível e mole, fruto enrugado, fruto seco, fruto podre, fruto que disse adeus a si mesmo e olá a um novo fruto.
Tudo é cíclico. Tudo é susceptível de mudar. Basta acreditar e querer. Ou esperar o curso normal da vida.
Mas eu não quero esperar, nem quero deixar de viver apaixonadamente.
Eu só quero ser feliz... sem ter que esperar por uma outra nova vida, em mim.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

nOgS faz dança do Ventre – Volume II


A dança oriental, mais conhecida como dança do ventre é, indiscutivelmente, uma arte. Muito sensual, como é sabido!

Nas suas longas décadas de existência destaca-se, também, pelo bem-estar físico e psicológico que proporciona. Nesta dança trabalham-se as diferentes partes do corpo isoladamente. O resultado final é um total controlo dos movimentos e uma agradável sensação de harmonia e descontracção. Esta é, realmente, a dança da alma, aquela que exprime o mais alto patamar dos sentimentos e emoções da bailarina.

Aceitei o desafio e hoje começo essa minha jornada rumo à arte do corpo e da alma.
Coleccção – A vida de nOgs
nOgS faz dança do Ventre – Volume II

Danca do Ventre Renata Lobo

É hoje, é hoje que começo;)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

nOgS faz Yoga – Volume I


Preciso de equilibrar o meu Ying e Yang. Preciso de acertar este meu coração relógio desacertado. Eu sei que deve partir de dentro de mim e é por isso mesmo que hoje começo mais uma etapa da minha vida.
Agora posso deixar um título tipo os livros da Anita (que na minha opinião são um atentado à literatura infantil) que acompanharam, certamente, a infância de todos nós.
Ora aqui vai...


Coleccção – A vida de nOgs
nOgS faz Yoga – Volume I

quarta-feira, 22 de abril de 2009

mYself and... my Imaginary lOve

Must be an imaginary love to start with
Guess that can explain the rain waiting walking game
Schubert bust my brain to start with

Cause every kind of love
Or at least my kind of love
Must be an imaginary love to start with
Guess that can explain the rain waiting walking game
Schubert bust my brain to start with

Oh, to look at you
In a cab
Back of your head across my lap
Oh, what grace
Green back seat against the red of your face
Oh, to look at you
Any old grand hotel
Drunken demands give way to reservations
Oh, what a room
Champagne brings such happy faces
Happy faces

Cause every kind of love
Or at least my kind of love
Must be an imaginary love to start with
Guess that can explain the rain waiting walking game
Schubert bust my brain to start with

Cause every kind of love
Or at least my kind of love
Must be an imaginary love to start with, baby
Guess that can explain the rain waiting walking game
Schubert bust my brain to start with
Oh, oh...



Rufus Wainwright

Ch-ch-ch-ch-Changes


I still don't know what I was waiting for
And my time was running wild
A million dead-end streets
Every time I thought I'd got it made
It seemed the taste was not so sweet
So I turned myself to face me
But I've never caught a glimpse
Of how the others must see the faker
I'm much too fast to take that test

Ch-ch-ch-ch-Changes
(Turn and face the strain)
Ch-ch-Changes
Don't want to be a richer wOman*
Ch-ch-ch-ch-Changes
(Turn and face the strain)
Ch-ch-Changes
Just gonna have to be a different wOman*
Time may change me
But I can't trace time
I watch the ripples change their size
But never leave the stream
Of warm impermanence and
So the days float through my eyes
But still the days seem the same
And these children that you spit on
As they try to change their worlds
Are immune to your consultations
They're quite aware of what they're going through

Ch-ch-ch-ch-Changes
(Turn and face the strain)
Ch-ch-Changes
Don't tell them to grow up and out of it
Ch-ch-ch-ch-Changes
(Turn and face the strain)
Ch-ch-Changes
Where's your shame
You've left us up to our necks in it
Time may change me
But you can't trace time

Strange fascination, fascinating me
Changes are taking the place I'm going through

Ch-ch-ch-ch-Changes
(Turn and face the strain)
Ch-ch-Changes
Oh, look out you rock 'n rollers
Ch-ch-ch-ch-Changes
(Turn and face the strain)
Ch-ch-Changes
Pretty soon you're gonna get a little older
Time may change me
But I can't trace time
I said that time may change me
But I can't trace time.



Música e letra de David Bowie

*adaptação da nOgS

David Bowie - Changes (Olympia)

Ch-ch-ch-ch-Changes

segunda-feira, 20 de abril de 2009

clarO comO a lUz da nOite

Hoje descobri que ontem te perdeste. Perdeste-te por caminhos que não eram os meus. Perdeste-te de mim, perdeste-te de ti mesmo. Enquanto eu dormia um sono tranquilo de Bela Adormecida onde me sorrias, me amavas e isso bastava para seres feliz a meu lado.

Mas não foi com um beijo que me despertaste, nem foste tu que o fizeste, mas a tua angústia silenciosa. Chegou fria e abriu-me os olhos com uma mão negra, chamou-me e tentou despertar-me da ilusão em que vivia. E eu não queria. Eu não queria sair do meu conto de fadas. Agarrei-me à almofada como se ela me guardasse em ti, perguntei-te que fazias e vi o teu olhar inundado de tristeza e decepção, contigo mesmo ou com tudo aquilo que movias como castelos de areia.

Eu gritava em silêncio tentando agarrar a réstia de esperança que me fazia ficar em ti.
Disseste-me que já ias, com a voz trémula de que não sabia porquê que não vinhas já...
E eu esperei-te... mas não consegui voltar a adormecer e sonhar com aquele teu beijo.
quando chegaste, chegaste frio, despido, a tremer por dentro e nem o meu calor te conseguiu descongelar.

Ontem descobri-te por trás dos teus medos e angústias. Não és feliz.
E eu que pensava que partilhávamos também a felicidade, vi-te afundado na tua angústia...
Pergunto-te[me]... que devo fazer?
E tu, onde tens estado se não estiveste [aqui] onde eu pensava que eras feliz?

quarta-feira, 15 de abril de 2009

With or withOut...


... yOu.

Que farei eu sem ti?

quarta-feira, 8 de abril de 2009

[heart]brOke



I'm brOken.

i'm walkinG alOne.

hOpe i can sUrvive...

terça-feira, 24 de março de 2009

escreVi[-te]




Palpita[S-me] por dentro da pele, 
Brota[S] e acaricia[S]-me
num gesto [de] que[m]
já conhece o [m]eu [corpo].

Deixa[-me] bailar
[n]a [tua] pele,
escrever[-te] [n]o [meu] corpo...

E beber[-te],
[até a]o fim
da[s] [entre]linha[s].


Pic by Micwag

sexta-feira, 20 de março de 2009

diálOgOs

Anda cáaaaa! – Dizias-me tu...




seU tOlo...



...  vês[-me]? Já aqui estOu.

terça-feira, 17 de março de 2009

T[eU] Olhar [te]

Tens pureza
tens beleza
no teu olhar.

Tens raios de luz
um céu imenso
uma porta aberta
para [te] sonhar.

Tens delicadeza
tens certeza
no teu olhar.

Tens encantamento
um paraíso perdido
um labirinto esquecido
por [me] encontrar.


Tens[me]
Nesse teu olhar.

terça-feira, 10 de março de 2009

4eVer


Nada me pediste e eu dei-te tanto mais do que algum dia julgara ter para te dar. Fomos fiéis um ao outro na penumbra dos dias que nos foram aproximando. Vivemos momentos de felicidade absoluta quase sem tropeçarmos nas nossas risadas. Um dia disseste-me que querias que não acabasse e eu não te soube o que responder além da certeza tão certa de que tudo, um dia terá um fim.


Abracei-te emocionada de coração nas mãos e um sorriso embrulhado para ti, acariciaste-me o rosto e beijaste-me a fronte. Eu peguei-te no beijo, levei-te pela mão até aquele oásis onde ainda vendem sonhos. Contemplámos um dos pores-do-sol mais bonitos que recordo na minha memória. E, depois de várias horas, sentada ao teu lado olhei-te e disse-te:
– Não te preocupes. Durará para sempre.

Perguntaste-me como podia ter tanta certeza, ao que eu respondi:
– Só importa durar até que não queiramos que se acabe. E é aí que esse momento significará o nosso para sempre, pois será o tempo exacto que queremos para isto perdurar.
Pic by boczee

quinta-feira, 5 de março de 2009

drOp bY drOp


Ontem à nOite embeBedei-me de tI.
aS tuaS palaVraS desceram-me deSde a língua, pela garganta, até cheGarem à minha barriga e esvOaçarem cOmo bOrboletas.
bebi-te cOm prazer, inalei eSse perfUme frUtado e cOr de vinhO. SabOrei-te em váriOs tragOs. Deitei-te nUm cOpo altO e redOndo e mergUlhei os meUs lábiOs em ti.

e, tenhO algO a confeSsar-te:
– tU... tU SabeS bem!

quarta-feira, 4 de março de 2009

hangOver



Hoje não vou falar de mim...
...mas se fosse diria:

A triple dOuble cOffee with a few drOps of lemOn and a bag of iCe, Or a pillOw and a hUg, tO this table, pleaseee!



pic by xlevax (deviantart)

terça-feira, 3 de março de 2009

yOu[r] Special [daY]


Happy, happy birthdaY to yOu!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

giantSelf


Tenho sonhos maiores que o mundo.
Do quase nada tenho tanto. E não trocava este tanto tão pouco que tenho pelo muito tão pouco que não quero.
Alimento-me de sorrisos gigantescos e planto campos de abraços cor de girassol.
Não vivo rápido nem devagar demais, vivo ao meu ritmo. E de pequenos nadas no quotidiano faço nascer grandes tudos para sempre.



Foto by Titania

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

You sexy thing!


Foto by Titania


I believe in miracles
Where you from
You sexy thing
I believe in miracles
Since you came along
You sexy thing

Miracles right before my eyes
You sexy thing got me hypnotised
Don't stop what ya' doing
What ya' doing to me
My angel from above lying next to me
How did ya' know that I'd be the one
Been a long time coming only just begun
Doing all the things that makes my heart sing
Keep doing what you're doing you sexy thing

How did ya' know I needed you so badly
How did ya' know I gave my heart gladly
Yesterday I was one of a lonely people
Now you're lying next to me
Making love to me

I believe in miracles
Where you from
You sexy thing
You sexy thing
I believe in miracles
Since you came along
You sexy thing

Only yesterday I was on my own
Just another day later my mind was blown
You sexy thing come into my life
Forever and a day it feels so right
How did ya' know that I'd be the one
Been a long time coming only just begun
Doing all the things that makes my heart sing
Keep doing what you're doing you sexy thing

How did ya' know I needed you so badly
How did ya' know I gave my heart gladly
Yesterday I was one of a lonely people
Now you're lying next to me
Making love to me

I believe in miracles
Where you from
You sexy thing
You sexy thing

I believe in miracles
Since you came along
You sexy thing

Kiss me baby
You sexy thing
You sexy thing

Touch me baby
You sexy thing
You sexy thing

Kiss me baby
You sexy thing
You sexy thing

Touch me baby
You sexy thing
You sexy thing

Kiss me baby
You sexy thing
You sexy thing

Touch me baby
You sexy thing
You sexy thing

Kiss me baby
You sexy thing
You sexy thing

Touch me baby
You sexy thing
You sexy thing


You sexy thing!
[Hot Chocolate]

Hot Chocolate - You sexy thing

You sexy thing, You sexy thing, You sexy thinggggg

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

gOstO


Gosto.
Gosto de.
Gosto de andar.
Gosto de andar nua.

Gosto de andar nua pela casa e fazer jogging com sapatos de salto alto calçados.
Gosto de dançar.
Gosto de dançar, agitando o corpo, as nádegas sob a curva lacinante do teu olhar.
Gosto de cantar.
Gosto de cantar ao teu ouvido os gemidos de prazer que provocas em mim.
Gosto de te escutar.
Gosto de te escutar, pois o som da tua voz faz abdominais nas minhas cordas vocais.
Gosto de pintar.
Gosto de pintar o teu corpo com as minhas impressões digitais.
Gosto.

Gosto de ti.

Foto by Cláudia, também conhecida por Moon ou Lacrima Lunae :)
Obrigada, querida!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Experiências com um desconhecido Show


Yupiii!
Hoje vou ver o espectáculo de dança: EXPERIÈNCIES AMB UN DESCONEGUT SHOW com Sónia Gómez.
Ganhei duas entradas para este espectáculo que queria muito ir ver: Thanks MauMau!
[Yupiiiiiii! CONSEGUI!!! Ganhei, ganhei, GANHEI!!!]

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

[onde] estás? nãO estás?




I' m alOne.







segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

i wOnder...



pic by Robot de Papel


Será que se chorar como uma madalena, enterrar a cabeça na areia e/ou fugir para longe de tudo apagará a dor imensa que me corrompe e quase (me) apaga, como se fosse um rio de ácido a cair desde dentro de mim?...

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Histórias de uma romântica frustada – I


I

Give me, give, give your Hand


Ela só queria andar de mãos dadas com ele, e repenicá-lo de beijos enquanto caminhavam do lado A até ao lado B. Queria poder fazê-lo sem ter que racionar o acto, pensá-lo, estudá-lo, avaliar se seria adequado ou não cometê-lo naquele ou no outro momento. Queria esticar apenas o braço e trazê-lo até si e ver o seu sorriso de felicidade. Mas nos tempos que corriam – para ele – essas exageradas demonstrações de carinho guardavam-se para entre paredes, naqueles dias em que desesperadamente se sentia minimamente romântico...
Dava por ela, às vezes, a estudar cautelosamente cada movimento dos seus dedos, cada corar interior, quando sacava as mãos dos bolsos para entrelaçar os seus dedos com os dele e ele paulatinamente cruzava os braços ou guardava os dedos num daqueles pares de calças que lhe assentavam como ginjas.
Às vezes ficava tão triste que soluçava em silêncio e engolia as lágrimas antes que ele sequer as suspeitasse.
Big girls don’t cry... mas ela só queria andar de mãos dadas com ele na rua.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Palavras


Pic: Monica Bellucci



As tuas palavras hoje quase me fizeram chorar, num orgasmo intenso de felicidade. O amor, por vezes, dispensa palavras, outras não.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

mais [tarde]

Mais tarde será tarde e já é tarde.
O tempo apaga tudo
menos esse
longo indelével rasto
que o não-vivido deixa.


Sophia de Mello Breyner Andersen

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

mmm...


Hey gorgeOus, about the way you make lOve with me...
It's always so amazing. How can you?
You really gOt me too.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Luckly we've got the thursday's


O sol decidiu esconder-se hoje. O vento decidiu aparecer não com um sopro mas como um furacão com toda a urgência em arrancar tudo. O frio volta a atacar. O jove está com uma voz apática e, no entanto, diz que está bem... O boss está com um humor tipo TPM que não se aguenta. Estou com os olhos em bico de tanto organizar textos por ordem alfabética de apelidos (será assim tão difícil enviarem-me isto bem feito?) e como se não bastasse o corpo já se queixa do cansaço semanal...
... a sorte é que sendo hoje quinta-feira é também o nosso chamado Thursday's Beer aqui com a malta do trabalho. Uf! Como estou a precisar de um descanso...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Ai, ai!


!
[Para ti. Anima-te!]

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

[rel]ações

Pic by LeighTaylor

Todas as relações têm as suas pedras no caminho, comecei a recolhê-las e guardá-las como parte da nossa história. As ervas daninhas, lamento mas arrancam-se pela raíz e deitam-se fora. Não as quero a sugar a água das minhas flores. Nas plantas venenosas, tento não tocar com receio que rapidamente me matem o sol dos meus dias.
Os sorrisos, abraços, beijos, carinhos, alegrias... vou coleccionando-os. Os momentos vivo-os, sinto-os, preferencialmente no presente. Quanto ao amor preservo-o, respeito-o... tento não amar a ilusão, mas o homem que ela um dia me apresentou e que agora ao meu lado me faz apaixonar a cada dia. Existem dias difíceis, mas parecem-me sempre melhores desde que estou ao seu lado.


que se note: Como companheiro tenho um homem maravilhoso. Ele é lindo, lindo, lindo! Não acreditam???

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

amOr


AmOr. AmOr. AmOr, gostava de dizer esta palavra até gastá-la ainda mais. AmOr, gostava de dizer esta palavra até perder ainda mais o seu sentido. AmOr. AmOr. AmOr, até ser uma palavra que não significa nem sequer uma ilusão, uma mentira. AmOr, amOr, amOr, nem sequer uma mentira, nem sequer um sentimento vago e incompreensível. AmOr amOr amOr, até ser nem sequer uma palavra banal, nem sequer a palavra mais vulgar, nem sequer uma palavra. Amoramoramor, até ao momento em que alguém diz amOr e ninguém vira a cabeça para ouvir, alguém diz amOr e ninguém ouve, alguém diz amOr e não disse nada. Sozinho, diante da campa. O amOr é a sOlidãO.



Uma casa na escuridão. José Luís Peixoto, de novo.

domingo, 11 de janeiro de 2009


Porque a minha vontade tem o tamanho de uma lei da terra.
Porque a minha força determina a passagem do tempo.
Eu quero.
Eu sou capaz de lançar um grito para dentro de mim, que arranca árvores pelas raízes, que explode veias em todos os corpos, que trespassa o mundo.
Eu sou capaz de correr através desse grito, à sua velocidade, contra tudo o que se lança para deter-me, contra tudo o que se levanta no meu caminho, contra mim próprio.
Eu quero.
Eu sou capaz de expulsar o sol da minha pele, de vencê-lo mais uma vez e sempre.
Porque a minha vontade me regenera, faz-me nascer, renascer.
Porque a minha força é imortal.

Cemitério de pianosJosé Luís Peixoto