quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

amOr


AmOr. AmOr. AmOr, gostava de dizer esta palavra até gastá-la ainda mais. AmOr, gostava de dizer esta palavra até perder ainda mais o seu sentido. AmOr. AmOr. AmOr, até ser uma palavra que não significa nem sequer uma ilusão, uma mentira. AmOr, amOr, amOr, nem sequer uma mentira, nem sequer um sentimento vago e incompreensível. AmOr amOr amOr, até ser nem sequer uma palavra banal, nem sequer a palavra mais vulgar, nem sequer uma palavra. Amoramoramor, até ao momento em que alguém diz amOr e ninguém vira a cabeça para ouvir, alguém diz amOr e ninguém ouve, alguém diz amOr e não disse nada. Sozinho, diante da campa. O amOr é a sOlidãO.



Uma casa na escuridão. José Luís Peixoto, de novo.

2 comentários:

Salto-Alto disse...

Adorei este teu texto. Adorei adorei adorei adorei! :)

gio disse...

Amor nunca será uma palavra banal!
Umas vezes é o gume da faca que nos corta a garganta outras a cura de todos os males ;)
Amor será sempre uma das palavras mais poderosas, para o bem e para o mal.

Beijo